domingo, 30 de novembro de 2008

Solzinho


O Piauí é um Estado muito democrático. Aqui todos têm um lugarzinho ao sol. Eu disse TODOS.

Afirmo que não é nem preciso nascer com a bunda para a lua. (Sorte de quem nasce no Piauí!)

O Sol é a grande lâmpada que aquece sonhos, derrete chocolates, frita ovo no asfalto e que faz a gente suar a camisa sem sequer fazer qualquer esforço.

E tem mais, o nosso sol aquece relações. No elevador, na parada de ônibus e na fila do banco o início da conversa é sempre igual: “tá quente hoje, hein?”. Daí começa uma amizade calorosa.

O sol também nos une. Triste do turista que disser, debaixo de uma sombra de 45 graus, que o Piauí é quente. A gente diz logo que é fres-cu-ra. (E não é das boas.)

Não tenho do que me queixar. Sol é coisa bonitinha. Principalmente quando a gente desenha e faz olhinhos expressivos e boquinha feliz.

Gosto do nosso solzinho. Juro! Sou um ser adaptado.

E quer saber? EU TENHO MEU LUGAR AO SOL. VOCÊ TAMBÉM.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

I’m Yours

O dia começou com a surpresa de ver uma caixinha de papelão sem graça sobre a mesa da copa. Era Jason Mraz e o astral de “I’m Yours”. Comprei nas Americanas com a certeza de que , se custasse três vezes mais, mesmo assim iria parar na sacolinha virtual.


Acho que uma boa música é como um bom livro, uma boa conversa, um carinho especial ou mesmo como uma oração. Tudo isso desperta, acessa os sentimentos mais nobres, renova e deixa a gente mais feliz.


E se felicidade é o que eu mais quero, faço questão de conquistá-la. Algumas vezes ela vem sem avisar, de graça. Mas agora eu sei que a gente pode até comprá-la às vezes. Inclusive no cartão. Como já falei, minha felicidade mais recente veio pelos Correios, custou 37 reais (sem frete) e demorou só 3 dias para chegar.


Tem coisas que realmente não tem preço. Uma delas é ouvir Jason Mraz.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Tenho medo desse oba-oba!

Obama '08 - Vote For Hope from MC Yogi on Vimeo.

O discurso é o mais politicamente correto possível. E, detalhe, flui bem mesmo sem TP (teleprompter).

O seu compromisso maior é (resumindo): realizar sonhos.

É um fenômeno de popularidade mundial (ou populismo?).

E detalhe: fala o que a maioria espera ouvir.

Exagerando... Não diz nome feio, sabe combinar a gravata com todo o resto, não ronca, dá atenção para a avó doente, não tira a meleca do nariz enquanto dirige, coloca as filhas pra dormir e deve beijar de olho fechado.

Enfim, sem onda e nem rodeios, ele veio do Havaí e adora navegar. Especialmente na net. Aliás, ele também fez todo mundo navegar, já que usou e abusou dessa mídia em sua campanha. (É um rapaz antenadíssimo!)

Não gosta de guerra, apesar de ter Hussen no nome e de, muitas vezes, ser chamado de Osama.

Aliás, pra arrematar, ele não usou o discurso do “candidato negro que representa as minorias” para conquistar seu passaporte para a Casa Branca.

Enfim, admiro muito tudo isso, mas tenho medo desse oba-oba .

De qualquer forma, desejo boa sorte. Ou melhor: good luck.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

É assim que tem que ser



Há exatamente 3 anos eu conheci o diabetes e a sensação ruim da impotência. Do não poder fazer absolutamente nada. Descobri, no mesmo dia, que um filho pode ter saúde ou não. Por mais que a gente lute por uma vida sem dor, sem febre, sem mal-estar. Por mais que a gente dê as vacinas em dia. Por mais que a gente amamente ou faça o melhor plano de saúde do mundo.


Aliás, descobri que planos a gente faz e desfaz. Nem sei quantas vezes eu falei nos brigadeiros que comeria com Enzo nas festinhas. (Logo eu que amo festinha de criança.) Mas a vida me mostrou que a alegria das festinhas vai muito além do brigadeiro. Muuuito além.


Aliás, hoje para mim é dia de festa. Revivo o meu “sofrimento” de 3 anos atrás com muita gratidão. Sou abençoada por tudo. Sinto-me, inclusive, especial. Sou mãe de uma criança diabética e sei que Deus não me escolheu à toa. Enzo não é meu filho à toa. E quer saber? Eu não tenho um blog à toa. Eu não escrevo tudo isso à toa.


Este é meu espaço de cura. Nesse momento, escrevo para mim. Não sei o que me espera pela frente, mas sei que posso sempre contar com o abraço sincero do Enzo. Ele é que é importante. O diabetes é só um detalhe que precisa ser levado a sério. O mais bacana é que eu aplico insulina sorrindo e que meu Enzo, pra completar, recebe com serenidade todas as furadinhas. É assim que tem que ser.