terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Pra você


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Simplicidade

Vai diminuindo a cidade
Vai aumentando a simpatia
Quanto menor a casinha
Mais sincero o bom dia
Mais mole a cama em que durmo
Mais duro o chão que eu piso
Tem água limpa na pia
Tem dente a mais no sorriso
Busquei felicidade
Encontrei foi Maria
Ela, pinga e farinha
E eu sentindo alegria
Café tá quente no fogo
Barriga não tá vazia
Quanto mais simplicidade
Melhor o nascer do dia
(Patu Fu)

sábado, 6 de dezembro de 2008

Não gostei


Não vi com bons olhos. No mínimo me surpreendi com o que não deveria me surpreender mais. Será que ainda não cansaram de mostrar o Piauí como o estado árido, pitoresco e engraçado?


Em mais uma aparição em rede nacional, me assustei ao escutar frases no mínino instigantes. Quer uma? “O Piauí é um estado escondido e exótico”. Essa foi para o encerramento do programa Câmera Record, um especial que mostrou o quanto o nosso estado é “diferente” do resto do mundo.


Resumindo, apresentaram o Piauí como um grande interiorzão. Um lugar onde o povo fala priziaca (o que é isso?) e pau de placa (quem fala isso?). Um lugar onde o povo adora calça “pega marreca” (e tá na moda?). Um lugar onde o povo come panelada no mercado e depois vai “xenhenhenhar” (essa deu embrulho no estômago).


De “quebra”, muita estrada de chão batido, burricos no meio das ruas, laranjas e limões gigantes e um idoso que adora tomar pinga às 11 da manhã.


Não teve nenhuma ou quase nenhuma imagem urbana. Aliás, nem consegui me identificar com o contexto explorado no programa. Juro. Tá certo que rolou cajuína e opala. Mas era difícil deixar de falar nisso, né?


Quer saber o que salvou um pouco? A simpatia quase exagerada da repórter misturada a simpatia quase ingênua de todos os que foram entrevistados.


Não é questão de auto-estima. É questão de querer ver a verdade mesmo. O Piauí tem várias caras, mas a imprensa insiste em mostrar apenas uma face.


Eu sei que o que é diferente vai sempre gerar mais audiência, mas é preciso ser um pouco mais realista. Como disse o grande apresentador Marcos Hummel, o Piauí anda mesmo escondido. Acredito que em imagens clichês, quase preconceituosas.


Tudo bem, você pode ter curtido. Respeito. Não vou discutir. Mas eu juro pra você, não gostei.


quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A alma e o espírito




Hoje é dia de rezar para a Dona Propaganda: a alma do negócio.


Em tempos de espírito natalino, é bom também acender uma velinha ou ligar um pisca-pisca para o padroeiro das frases clichês e das figurinhas de banco de imagem free.


E que dezembro termine logo!


Amém!




quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

...


Três pingos, multiplicados a vários outros pingos, pontuaram a noite.


Isso porque São Pedro resolveu dar o ar da graça.


O telejornal até noticiou cedinho que os lençóis fininhos deram lugar aos edredons, que ninguém ficou banhado de suor e que a luz, sufocada pelo brilho dos raios e relâmpagos, resolveu ir embora à meia-noite.


Acordei tão diferente que resolvi calçar minha bota e ser uma pessoa muito fria hoje. Aliás, fria, calculista e decidida. Não fico mais nesse “chove e não molha”.


Por falar nisso, nesse momento, nem chove e nem molha. Três pingo (somente três pingos) insistem em forçar a barra. (É muito complicado controlar três pingos imaturos.)


E o dia continua completamente imprevisível...