quarta-feira, 31 de outubro de 2007

2014

E a Copa vai ser no Brasil. Sim, em 2014. Saiu em tudo ontem. Diferente da maioria, fiz logo as contas. Se hoje tenho 33, na copa de 2014 vou ter qua-ren-tão. (PUTZ! Mil vezes PUTZ!) Gente, não pensei em mais nada. Só conseguia refletir sobre isso. E Enzo? Meu bebê vai ter quase 10 anos. (Valha!)

Como será que eu vou ser daqui a 7 anos? Imaginei. Vai ser assim: Jeane versão quatro ponto zero, nas cores “verde e amarelo”. (Comédia! Pode sorrir!) Mulher tem isso de se preocupar com esses marcos. Foi assim quando fiz trintão. Mas aí, naquele momento, me diverti com o fato. Aliás, como agora, tinha um pouco de curiosidade de me imaginar com uns janeiros a mais.
Tudo bem, vou botar a Lei da Atração pra brigar com a Lei da Gravidade. Vou me imaginar mais ou menos igual à Jeane de hoje. Nada cai. Tudo sobe. Beleza! Vou ver se essa Lei da Atração é de verdade.

E tem mais perguntas... Do que eu vou gostar? O que vou tá fazendo? Sim, e a pergunta que não quer calar: o Brasil vai ganhar? Zagalo vai tá vivo? Romário já estará aposentado? Ronaldinho terá casado quantas vezes? Respostas no Bloguinho Básico versão 2014. (E vai ter Bloguinho?)

Como a FIFA, vou começar a me organizar para 2014. É, já penso em malhar e tudo mais... Vou entrar em campo com quarenta anos e faço questão de ser artilheira num montão de coisas. Quero tá com a bola toda! (Pensamento positivo! Olha a Lei da Atração!).

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Onde fica a cozinha?

A resposta é fácil: no final do corredor. Mas não tenho muita intimidade com o ambiente. Sei que lá tem geladeira, fogão, batedeira, espremedor de fruta, liquidificador, muita panela, enfim... É uma tralha só! A verdade é que não nasci pra ocupar esse espaço. Sou meio BOMBRIL, mas juro: melhor me deixar longe desse lugar. Gente, sou completamente destrambelhada! Me acidento até quando vou cortar o pão. (Olha a faca!) Tá, até me viro legal quando esquento uma aguinha pra fazer o leite do Enzo ou quando faço miojo. Tem outra coisa que faço bacana: ovo frito. Ah, e desenrolo bem uma saladinha, um suquinho... Quer saber mais? Sei tirar da caixa, como ninguém, todas as embalagens da SADIA ou as da CHINA IN BOX. (Ah, não é tão fácil assim!)

Acho que cozinha não é coisa de mulher, não! É pra quem tem boa coordenação motora. Isso sim! Até hoje tento me acertar com essa história de DIREITA e ESQUERDA. (Tava doente no dia que a professora ensinou isso no Jardim da Infância.)

Cozinha é pra quem tem vocação e paciência. Sabe aquele ditado que fulano tem paciência de cozinhar pedra? Tudo a ver.

Bem que esse dom poderia ser hereditário. Por que a gente só herda tendências para desenvolver hipertensão, diabetes, câncer, mas não herda a habilidade de cozinhar, bordar, costurar? Minha mãe cozinha muito bem. E eu? Nem vou dizer nada. Já tentei forçar a natureza. Fiz até curso de culinária. Mas só curtia na aula a parte de provar os pratos. Engraçado observar que quando entrava nos grupos só me colocavam para fazer a limpeza das louças. Ninguém queria que eu metesse a mão na massa. Por que será, hein?

Tudo bem, já sei, cozinha não é minha praia. Agora, comer é outra história. Adoro. Desde que outra pessoa faça, pode fazer o prato. Mãe, bota o meu!!!!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Sangue bom

No meu íntimo ando escolhendo os meus verdadeiros parentes. Não falo do núcleo “sagrado”: pai, mãe, irmã, irmão. Falo de tios, primos, enfim... (Claro que pra tudo há exceção. Tenho tios e primos que valem ouro.) Sempre penso que família deve ser meio grude, sabe? Todo mundo PLOC demais. Família é pra assistir futebol junto, sair pra ver cinema, aparecer do nada só pra dar um alô, fazer piquenique, rir, torcer, “puxar a orelha”, chorar e estar presente em qualquer situação. Qual-quer. (Será que idealizo muito as coisas?) Mas vivemos no mundo do individualismo, do egocentrismo, do cada um por si, né? (Que pena! Não quero isso para o Enzo.)

Ser parente não é só carregar o mesmo sobrenome. Tem gente que só comparece pra fazer a obrigação. Tipo, só se manifesta se alguém morre ou quando alguém aniversaria. (No último caso, se tiver festa.) Acho isso muito estranho. (E bote estranho nisso!) E aí, de repente, você tem que chamar de tio, por exemplo, uma pessoa que você não vê há “séculos”. Aí, sai um “tio” beeeeeeem desacreditado.

É no dia-a-dia que a gente percebe quem realmente faz às vezes de parente. Já acolhi em meu coração pessoas de muitos sobrenomes (Andrade, Almeida, Viana, Carvalho, Rufino, Mendes, Neves, Duarte, Cavalcante, Pires, Lima, Nascimento, Vidigal, Santiago, Sousa, Guimarães, Rocha...e até Melo.) O que seria de mim sem elas! Simplesmente bate uma empatia sem tamanho e um carinho inexplicável. Precisamos disso. Gente precisa de gente. Ninguém se basta! Quem diz o contrário não conhece a alegria do amor sem interesse, do querer bem só pra ver o outro feliz, da compreensão em momentos incompreensíveis, da torcida com direito a “ôla”, do compromisso com o outro.

Sou abençoada pelos parentes que tive a oportunidade de escolher e amar. Alguns eu encontrei ainda criança, lá no Diocesano, outros na faculdade, outros nas Agências por onde passei. Alguns são até virtuais, acredita? Enfim, são todos amigos-irmãos. Gente que não tem meu sangue, mas que é sangue bom.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O que te faz “feliz”?

A TPM e a falta da secretária,
O engarrafamento e o celular fora de área...
Gente que não sabe ser educada,
Ou gente que briga por nada?

Afinal, o que faz você “feliz”?

Correr atrás do ônibus, derrubar o melhor pedaço do bolo.
Comer o feijão queimado, ficar desanimado...
Telemarketing ao meio-dia, pão dormido da padaria...
Ou é a fila do banco que te faz “feliz”?

Cuspir sementes de abacate, subir num pé de alface.
Andar no sol a pino e ainda escorregar num tomate.
Dor de barriga no meio do nada, falta de luz na madrugada,
Ou é chegar atrasada?

O que faz você “feliz”?

Um lápis sem ponta, uma mosca na sopa, unha encravada
Uma dor de cabeça, esmalte borrado, espinha inflamada
Um nariz entupido, um “banho” de lama...
Ou será a ressaca que te faz “feliz”?

Ouvir suingueira, forró eletrônico, sertanejo chorado.
Cheiro de mofo, vento quente, conta de supermercado.
O café amargo, o queijo azedo, a falta d´água.
Carro sujo, roupa manchada, havaiana quebrada.

Agora me diz,
O que te faz “feliz”?

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Cajuína, pequi e doce de buriti

Sou a típica piauiense. Quem mora fora até diz que “canto” como o povo daqui. (E a gente fala cantando?)

Amo esse lugar e admiro além da auto-estima, o extinto de sobrevivência de cada um. Temos mesmo uma resistência atípica. Somos meio mandacaru, sabe? Por fora uma fortaleza, por dentro somos molinhos e externamos isso com facilidade. Saiba que no DNA de cada piauiense há muita doçura. Sabemos receber, acolher, abraçar. Isso faz toda a diferença. Piauiense é mesmo sem preconceito. Você é de qualquer lugar desse mundo? Pois não, seja bem-vindo! (Adoro isso.)

Piauiense sabe que é preciso ser professor. (Principalmente, se ele viaja pra outro Estado.) Toda a imagem formada Brasil afora é meio clichêzão. Vá pensando que aqui só tem chão rachado! Vá pensando que tem um monte de carroça passando no meio da rua! É esse o Piauí que você conhece? (Esqueça!)

Ah, mas já que a gente é meio professor, vamos lá: o Piauí fica no Nordeste, tá? O berço do homem americano fica na cidade de São Raimundo Nonato. Sabe aquela pedra linda? A opala? Temos em Pedro II a única mina do Brasil. Depois dela, só existe outra no mundo. Ah, e sabe o único Delta em mar aberto das Américas? (Sim, temos mar). Compartilhamos essa alegria com o nosso vizinho Maranhão. Que saber mais? Chega de aula. (Hehe!)

O feriadão está chegando e eu tô louca pra descansar. (Amanhã é Dia do Piauí. Ebaaaa!) Vou ver muita TV. (Claro que não numa Philips, né?) Vou encher a geladeira de cajuína, também. Queria até comer pequi (Não vai me dizer que nunca comeu pequi!), mas não sei onde achar. (Se eu encontrar, ótimo.) Cajuína, pequi e doce de buriti...Pronto. Quero isso amanhã. Se você souber onde eu encontro pequi pra comprar, me diz, tá? (Acho que vou passar no mercado.)

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

A idade tá na cabeça

"Taí" uma frase verdadeira! Literalmente.
Os janeiros adoram se manifestar em forma de “lindos e brilhantes” fios de cabelos brancos.

Ultimamente tenho mais pavor deles do que do aquecimento global. (Pronto! Confessei!)

No começo, até dava um jeitinho. Arranquei nem sei quantos. (E prefiro não saber.) Entre um job e outro minha amiga Carol, que trabalhava comigo, também detonava tufos e mais tufos. (Ela é uma grande exterminadora de fios de cabelo branco. Um dia levei uma pinça de sombrancelha para o trabalho e ela promoveu um verdadeiro “infanticídio”. Arrasou com boa parte dos “branquelinhos” menores.)

Acho cabelo branco coisinha antipática mesmo. Pior do que piolho. Sem remédio. Pode colocar tinta. Vá lá: Coral, Suvinil, Verbrás... Escolha a cor e prepare-se para descobrir que alguns fios são mais resistentes que outros.

Agora, tem uma coisa que eu admiro: a união deles. Você mexe com um e a “galera” toda se manifesta. E tem outra coisa, eles adoram se autoafirmar. Você faz um rabo de cavalos e os fios brancos que estão nascendo ressaltam no penteado, você põe uma fivelinha e os fios brancos que estão por baixo saem para tomar um arzinho, e por aí vai. A gente paga o maior mico por conta deles.

Nada contra o branco. Adoro. Mas ando prefiro meu cabelo bem pretinho. Deus me fez assim, né? Ô, Senhor, quero meus cabelos escurinhos de volta!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Primeiro as coisas primeiras.

Com o tempo não é só a lei da gravidade que começa a agir na vida das mulheres. Tem outras coisas, além do tônus muscular, que caem um pouco também. Quer um exemplo? O pique.

Engraçado isso, porque a gente tem essa impressão em um momento extremamente produtivo. Pauleira, mesmo! Essa impressão acontece porque a mulher passa a priorizar outras áreas da vida. Acredito que quem joga na posição de mãe e ainda tem que ser artilheira como profissional e administradora de todos os assuntos da casa, acaba sentindo-se meio sugada. (Red Bull nela!)
Você direciona toda a energia nestas três áreas e pronto. Falta pique pra todo o resto. Aliás, acho que mesmo que sobrasse energia, faltaria outro detalhe importante: tempo.

Algumas mulheres até lidam melhor com isso. De repente elas delegam mais, se preocupam de menos e vão vivendo. Mas quem é normalmente mais perfeccionista ou não tem muito a quem delegar, entra fácil nessa de responsabilidade 24 horas por dia. Sou dessas pessoas. Gosto de gavetas arrumadas, trabalhos finalizados, Bloguinho atualizado, Enzo com insulinas e glicemias no horário certo, contas em dia, enfim, vida organizada. E nada de adiar nada! O que é pra hoje, é pra hoje.

Procuro não me estressar diante de tantas responsabilidades mas, confesso, nem sempre consigo. (Peraí, sou filha de Deus!) Ser mulher hoje é bem isso. Ah, e ainda precisamos estar bonitinhas, com unhas feitas, cabelinho arrumado, roupinha bacana e magra, de preferência. (Ultimamente até tenho ido ao salão no horário do almoço. É o jeito!) E, detalhe, tem o período da TPM, das cólicas... Mas tuuuuuuuuudo bem! Mando o cansaço ir pastar depois de uma boa noite de sono. Se não resolver, base no rosto e duas bolinhas de blush rosado nas “maças” do rosto. (É tiro e queda!) No mais, é tentar encarar isso tudo com bom humor. Não adianta viver no mundo encantado. Um dia a gente cresce e a vida muda. Ahhhhhhhh, como muda! Tudo é uma questão de priorizar. Como diz o ditado: “primeiro as coisas primeiras”.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Aêêêêêêê!

Me dou por satisfeita. Aliás, satisfeitíssima!
Comecei assim, meio desconfiada, estimulada pela Aline Neves e pelo Lima Jr (Brigada aêêêê, amigos!), até que fui lá! Meti a cara! A meta era postar um texto por dia. (Isso eu não consegui! Tem dia que não dá tempo mesmo!)

Achei interessante escrever sem saber direito qual seria o público e, detalhe, sem briefing. (Público? Briefing? Lá vem a redatora publicitária!)

Resolvi que antes de escrever para os amigos, deveria escrever para mim. Então, fui EU em cada linha e entrelinha. Postei lá o primeiro textinho, o segundo textinho e segui. Liguei meus instintos e abri o coração. Aí vieram os comentários. Adoro cada um deles. (Para mim é a melhor parte do Bloguinho. Sinceramente!)

Depois, fiquei curiosa. Quantas pessoas lêem essas loucuras? Decidi que queria um contador na página. (Me socooooooorre, Lima Jr! Sou uma “anta” nessas coisas de “traquinologia".) O contador me deu a certeza de que os amigos estavam comparecendo. (Beleza! Brigada aêêê!)

Só sei que “falei” de tudo o que senti vontade nesse primeiro mês de Bloguinho. É, viajei mesmo naquela companhia aérea do texto anterior. Hoje coloco meu 21º textinho. (Aêêê!!) Não sei se é pouco pra comemorar, mas ando levando tão a sério esse espaço que fiquei eufórica ao me dar conta do tempo.

E é hora de partir o bolo! Segue o baile!
Aproveite bem a festa, viu?

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Companhia aérea HELMMANS

Se tem uma pessoa que adora viajar sem sair do lugar, essa pessoa sou EU. Viajo mesmo. Faço as malas e tudo. Vou até de frasqueirinha na mão. E é claro que sempre pago excesso de bagagem.

Sonho de olhos fechados. Inclusive quando dirijo. (Que perigo!)
Aliás, enquanto dirijo, ainda costumo olhar as placas de outdoor e as vitrines das lojas. (Não me pergunte como consigo.)

De vez enquando entro em transe. Me desligo da realidade... Amo meu mundo encantando. Ele é perfeito. Lembro-me do tempo que tinha até amigos imaginários. (Isso faz muito tempo! Hoje prefiro os reais, embora alguns sejam virtuais.) Recordo-me com saudade de cada um deles. Tinha o Vado, a Clotinha...(“Repara” aí os nomes!) Eles também eram “amigos” da minha irmã Lygia. Passávamos hooooooooooooras conversando sobre essas “pessoas”. Falava: “Lygia, encontrei o Vado lá no Centro!”. Pronto. Só precisava isso para a “viagem” começar.

Viajo nos meus sonhos e viajo no sonho dos outros. Quando alguém o realiza, me realizo junto. Adoro até viajar na viagem dos outros. Acho que é porque viajei muito pouco nessa vida. Esse é, inclusive, um dos meus grandes sonhos.

Só sei que sem pagar nada, e sem sair do lugar, embarco pra todos os lugares, vejo pessoas, vivo situações legais. A companhia aérea é Helmmans mesmo. E daí? Alguns vão de TAM, GOL... Mas eu vou de HELMANNS. Acho bacana a versatilidade dessa companhia.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Palavras que fazem um bem danado!

Amo as palavras. Sou fascinada por elas. Principalmente as bonitas. Sim, há palavras feias e outras bonitas. Algumas, “tadinhas”, fui “obrigada” a tirar do meu vocabulário. Como diz meu pai, até pra nascer é preciso ter sorte.

Aliás, as palavras também podem ser classificadas de outras formas, como se fossem pessoas. Têm umas mais duras, outras mais suaves, umas mais prolixas, formais, enfim... Gosto da informalidade, do coloquial. Das palavras que fluem com facilidade como se fossem cantadas ou conversadas. Gosto, principalmente, das palavras que conceituam. Na escola a professora ensinou que elas são adjetivos. Então tá, adoro os bons adjetivos.

A publicidade me fez amar os adjetivos. Levo-os também para a vida. Aprendi a elogiar fácil. É bom apresentar o valor das coisas, das pessoas. Valorizar o que de fato merece.

Assim como os anúncios, a vida precisa de transparência e de bons adjetivos. Mas, pelo amor de Deus, não vamos banalizá-los. Eles precisam ser sentidos!
Aliás, colocados na hora certa, fazem um bem danado. Inclusive para quem diz.

Tudo é uma questão de prática. Sim, é possível aprender a elogiar. Mas tem uma coisa bacana: essa prática é maravilhosa.

Quer saber outra verdade? Tão bom quanto soltar adjetivos por aí, tanto na vida quanto na publicidade, é ouvir elogios sinceros, verdadeiros, transparentes. E nada de modéstia! E nada de “se achar”, também! Mas sempre é bom ouvir e agradecer. (De preferência com um sorriso no rosto.) Isso aí a gente pode chamar de recall, feedback.

Na vida, a gente responde com um OBRIGADO.
Na publicidade, é o público que agradece. Pra alegria do cliente.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Começa com S

Um dia li uma frase bem humorada do maravilhoso Raul Cortez que me chamou atenção. Ela dizia mais ou menos isso: “Não há nada mais mal educado que chamar os outros de SENHOR”. Peço emprestado ao grande ator (que Deus o tenha) as suas sábias palavras, apenas transformando-as para o feminino.

Depois que tive o Enzo, não sei se é apenas coincidência, inventaram de me chamar de SENHORA. (Isso acontece SEMPRE!) Tá certo que o tive com 30 aninhos. Mas mulheres na faixa dos 30 anos são SENHORAS? (Quero resposta.) Pior do que isso é escutar do camelô: “Tia, vamo levar tal coisa?!”. (Como assim, TIA? Eu nem sou irmã da sua mãe!) Só aceito que me chame de tia os sobrinhos verdadeiros e os agregados. Somente.

Ontem, no prédio que moro, uma moradora disse assim para o filho quando entrei no elevador: “Fulaninho, deixa a SENHORA passar!”. (Ô, mermã, SENHORA, não? Pô!)

Tenho uma vizinha que já tem algumas décadas na minha frente. O nome dela é Estela. Ela é linda. Superdescoladinha! Ah, e é das minhas! Também não curte que a chamem de DONA e nem de SENHORA. (No começo, fui mal educada com ela algumas vezes. Desculpa, Estela!)
SENHORA é pesada demais pra ouvir quando você não se sente SENHORA.

SENHORA tem inúmeras contra-indicações: baixa a auto-estima e tira o astral de qualquer criatura bem resolvida.

Quer saber? Nem quero que Enzo me chame de SENHORA. Há outras formas dele demonstrar respeito, amor e carinho.

Raul Cortez sofreu essa tortura em vida. Talvez tenha avisado tarde a sua insatisfação com o termo.

Pois bem, eu tô avisando é cedo! Quer ser meu amigo? Já sabe que não deve me chamar daquela palavrinha horrível que começa com S.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Faxina

Cabelos presos.
Vassoura na mão.
Chegou a hora!

Gosto de tudo limpinho, mas não gosto de fazer faxina.
Fazer faxina dá um trabaaaaaaaaaaalho.
Principalmente a dos sentimentos, das emoções.

Nossa, sou alérgica! Vou adoecer!
(Deixa de fuga, mulé!)

Pelo amor de Deus, passa um balde com água!
Quero, ainda, muito sabão (OMO, de preferência) e um escovão dos bons!
Vou começar, agora. Estou disposta, apesar dos pesares.

Tenho que tirar o lixo debaixo do tapete.
Preciso abrir as janelas para o sol entrar.
(A minha alma precisa de claridade.)

Vou passar um paninho, com carinho, em tudo o que é frágil e merece ser bem cuidado.
Ah, e jogar fora as roupas que não uso, os objetos que não preciso...
Quanto aos sapatos que não me levam a lugar nenhum, vou doá-los.

Lembrei agora de uns CDs chaaaaaaaaaatos.
Eles só entopem meus armários. (Entupir? Vixe, já tô sentindo meu nariz!)
Quero outro tipo de música. Chorinho? Nem pensar!

E a faxina continua...
Vou mexer em tudo. Tudinho. Sem pena.
Vou “bagunçar bem”, mudar a posição dos móveis, colocar adubo nas plantinhas que estão na varanda.

As pernas começam a pesar. Tô ficando cansada...
Acho que vou terminar rapidinho, tomar um banho caprichado, lavar o nariz com soro fisiológico (por conta da faringite) e me jogar na cama. Vou até tentar rezar, mas sinto que no meio do Pai Nosso os olhos vão fechar.

Gente, preciso fazer mais faxinas! Por que deixei acumular tanta poeira, hein?!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Meio quilo de esperança

Agora eu sei. Descobri esses dias. Já dá para dizer com exatidão quanto pesa a tal esperança. A minha agora tem meio quilo. Não pense que é pouco! Antes era regime total! Aliás, eu estava perdendo uns 3 kg de esperança por semana. Toda quinta-feira (sim, só às quintas) ela aparecia na balança, sempre me definhando. Rapidamente perdi 18 kg de esperança. (Nem é preciso dizer que fiquei “malzona”.)

Emagrecer as esperanças é a pior coisa que pode acontecer a uma pessoa. Até porque, não é só comida que põe a gente em pé. Aliás, não há nada mais “Red Bull” que uma boa dose de esperança misturada a um pouco de sonho.

Ando tentando alimentar esses dois ingredientes em minha vida. Especialmente em relação ao meu pai, que tá dodói, sofrido... Agora, ele aumentou meio quilo. (U-huuuuuuuuu!) Comemorei. Meio quilo faz toda diferença. É como 1 real nas mãos de quem passa fome.

Agora, peço a Deus para aumentar minha esperança. Quero ser obesa disso. Preciso estourar a balança. Cada vez mais. E quero mais. Quero acreditar que tudo é possível. Deus é maior que os nossos problemas, né?

Bem, pelo menos meio quilo de esperança existe. Beleza!

Por favor, doutor, me diga que essa esperança aumentou! Quinta-feira tem consulta. Vou esperar até lá.

Brigada, Senhor! Meio quilo é bom começo!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Que nem iogurte

Têm pessoas que tem prazo de validade.
Com o tempo elas azedam.
Algumas, além de azedar, ficam amargas. (Aí é o fim!)
Como os iogurtes, essas pessoas acabam indo para a geladeira. Os amigos se afastam, os parentes evitam, os amores não suportam. (É normal as pessoas desenvolverem uma certa intolerância.)

Conviver com pessoas azedas faz mesmo mal à saúde. Elas irritam, dão dor de cabeça e, em casos mais graves, até dor de barriga.

Ah, e estão por toda parte! No trânsito, na fila do banco, na sala de espera do médico e até nos supermercados, comprando iogurtes. (Se você tiver muita “sorte”, pode até conviver debaixo do mesmo teto com uma.)

E é fácil identificá-las: não sabem dar bom dia, pisam no seu pé e não pedem desculpa, tratam mal sem motivo, torcem contra, ficam infelizes com a felicidade dos outros...

Muitas dessas pessoas são “estragadas” pela vida mesmo. Por falta de carinho, excesso de problema ou exagero do nada, do vazio. Talvez devesse, nesse momento, exercitar a compreensão. (Seria mais saudável da minha parte.)

Agora, bacana mesmo é ficar de olho no nosso limite. No tal prazo de validade. Por que, até sem perceber, podemos mudar de sabor. Eu, sinceramente, tenho preferido as versões light ou diet de tudo o que é docinho na vida.
Por favor, se eu azedar e não perceber, me avise.