quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Sangue bom

No meu íntimo ando escolhendo os meus verdadeiros parentes. Não falo do núcleo “sagrado”: pai, mãe, irmã, irmão. Falo de tios, primos, enfim... (Claro que pra tudo há exceção. Tenho tios e primos que valem ouro.) Sempre penso que família deve ser meio grude, sabe? Todo mundo PLOC demais. Família é pra assistir futebol junto, sair pra ver cinema, aparecer do nada só pra dar um alô, fazer piquenique, rir, torcer, “puxar a orelha”, chorar e estar presente em qualquer situação. Qual-quer. (Será que idealizo muito as coisas?) Mas vivemos no mundo do individualismo, do egocentrismo, do cada um por si, né? (Que pena! Não quero isso para o Enzo.)

Ser parente não é só carregar o mesmo sobrenome. Tem gente que só comparece pra fazer a obrigação. Tipo, só se manifesta se alguém morre ou quando alguém aniversaria. (No último caso, se tiver festa.) Acho isso muito estranho. (E bote estranho nisso!) E aí, de repente, você tem que chamar de tio, por exemplo, uma pessoa que você não vê há “séculos”. Aí, sai um “tio” beeeeeeem desacreditado.

É no dia-a-dia que a gente percebe quem realmente faz às vezes de parente. Já acolhi em meu coração pessoas de muitos sobrenomes (Andrade, Almeida, Viana, Carvalho, Rufino, Mendes, Neves, Duarte, Cavalcante, Pires, Lima, Nascimento, Vidigal, Santiago, Sousa, Guimarães, Rocha...e até Melo.) O que seria de mim sem elas! Simplesmente bate uma empatia sem tamanho e um carinho inexplicável. Precisamos disso. Gente precisa de gente. Ninguém se basta! Quem diz o contrário não conhece a alegria do amor sem interesse, do querer bem só pra ver o outro feliz, da compreensão em momentos incompreensíveis, da torcida com direito a “ôla”, do compromisso com o outro.

Sou abençoada pelos parentes que tive a oportunidade de escolher e amar. Alguns eu encontrei ainda criança, lá no Diocesano, outros na faculdade, outros nas Agências por onde passei. Alguns são até virtuais, acredita? Enfim, são todos amigos-irmãos. Gente que não tem meu sangue, mas que é sangue bom.

7 comentários:

eu que fiz disse...

e daqueles beeem vermelhos e fortes.
do tipo mais raro que existe:
do tipo que pode salvar uma vida.

amo tu!

Anônimo disse...

ei, escuta aqui... sou sua irmã, não sou?

Anônimo disse...

Os Almeida Santiago, emodionados, agradecem fazer parte da sua família optativa. Não é à toa que a gente se trata de merirmã. Amiga, beijo na alma.

Anônimo disse...

ei...num sou tcha parenta,não???
kkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

O que seria de todos nós sem você???

Te amo!!!
Alaine

Anônimo disse...

Tô contigo, prima!

Rosa Karina disse...

eiii eu também faço parte!!!!!
beijão