Nem sei direito como foi possível suportar passar tanto tempo sem ver, sem falar e sem ouvir a voz do meu pai.
Pior foi não poder abraçá-lo nos aniversários, nem curtir nosso tradicional almoço do dia dos pais, nem vê-lo feliz pelas gracinhas do Enzo.
Aliás, o peru do Natal perdeu o sabor e a virada de ano não teve muito brilho, apesar dos fogos de artifício.
Pra falar a verdade, já antecipo alguns sofrimentos. Nem quero imaginar como será assistir à próxima Copa do Mundo sem ter nosso Francisco por perto.
É difícil aceitar a ausência, já que a presença dele é muito mais forte.
Alguns dizem que ele está por perto, mas prefiro imaginar que ele descansa e que está em um lugar lindo, vestido de branco, perto de um lago azul e que, perto desse lago, tem um jardim muito perfumado. É por meio desse jardim que ele caminha todos os dias. (Ele adorava caminhar!)
Enquanto ele descansa, a gente vive o nosso amor platônico.
Nos sentimos felizes por saber que um dia esse amor já foi muito bem correspondido. As lembranças estão guardadas em nossa memória e em muitos álbuns de fotografias.
Meu pai está vivo em nós. Apenas o perdemos de vista.
Como dizia o poeta Guimarães Rosa: as pessoas não morrem. Elas só ficam encantadas.
[Saudade, meu pai!
Muita, muita, muita saudade!
Te amo cada vez mais.
Você mora em meu coração.]
2 comentários:
Espero que você tenha dito muitas vezes pro Seu Francisquinho o quanto você o amava. Isso não impede a saudade, mas alivia a ausência.
Mas ele continua vivo nas boas lembranças dos bons momentos que viveram juntos! Luz,paz e amor!
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