terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Juro que não esqueci

João Hélio, juro que não esqueci. Foi dia 7 de fevereiro, né?

Meu coração ficou fechadinho. Cedo busquei notícias na internet.
A maioria das informações era da época em que você havia partido. Só vi meia dúzia de notícia atualizada. Logo a ficha caiu. (Ou melhor, o cartão de crédito passou. A imprensa só fala sobre isso agora.)

Vi que seus pais não agüentaram a dor da missa de um ano e acabaram não indo. (Aliás, como eles suportaram chegar até aqui, hein?)

Ah, tem uma notícia boa e outra ruim pra você. O que eu conto primeiro? Bem, vou começar pela boa: seis dias antes de completar um ano sem você, quatro dos culpados foram condenados a penas que ficaram entre 39 e 45 anos. Agora vem a notícia ruim: o quinto sem coração, que na época do crime era adolescente, cumpre medida socioeducativa. (Socio o que? Me canso disso... São “ingênuos” para umas coisas e espertíssimos para outras.)

Desculpa, João Hélio, acho que, o que eu acabei de “falar”, nem deve interessar tanto. “Digo”muita bobagem. Você está acima disso tudo. Mas o que contar a um anjo?

Ah, me faz um favor... (Se não for abusar muito da sua fofura!) Procura meu pai por aí... Não sei onde ele está exatamente, mas não deve ser difícil localizar. Ele chegou aí no dia 29 de janeiro de 2008, às 6h40. O nome dele é Francisco e ele ama criança. Quer ser amigo dele? Caso o encontre, dê um beijinho nele por mim.

Aproveite para comer muito algodão doce com ele. Sempre penso que as nuvens, além de lindas, são gostosinhas.

Beijinhos, João Hélio.

Nenhum comentário: