segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Frente a frente

Muitas vezes acho ruim ficar frente a frente com ela.

Acho nosso convívio invasivo demais.

Mas, tudo bem, é inevitável. Tem coisa que a gente não pode mudar.

Ela me copia em tudo. Chega a ficar a minha cara. Sim, minha cara.

Tem dia que adoro olhar pra ela. Tem dia que, juro, tenho que me esforçar.
Ah, mas tem dia que eu nem olho mesmo. Azar!

Acho que se fosse um vinil, ela seria meu lado B. (Lembrei até daqueles coloridinhos que vinham cheios de historinhas.)
Se fosse um aparelho de som, seria aquele tipo dois em um. (Rádio e toca-fita.)

Quer saber? Acho que a coisa se misturou tanto que ela pensa que sou eu agora. (Coitada!)

Agora, vou ao banheiro. São 7 horas e preciso me arrumar pra trabalhar.
Minha cara está amassadona. Eu não vi, mas acho que o meu cabelo brigou feio durante a noite. (Tô mal humorada.)
Tudo bem. Vou me esforçar de novo. Vou ter que te ver refletida no espelho. (Não sei me maquiar sem ficar olhando.)
Mas fique na sua. Não misture tanto as coisas. Depois da maquiagem eu vou sair.
Então, “vamo” combinar. Eu saio para um lado e você para o outro, viu?
Chega de intimidade!

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