“Eu sou um lápis. Eu sou racional. Eu uso a cabeça pra fazer as coisas.
De mim saem palavras, gritos e gestos engessados nas entrelinhas.
Eu falo tudo do meu jeito, até por meio das reticências que nada mais são que três pontos sem nenhum pingo de juízo... Soltos...
Meu corpo é esguio. Preciso ser sustentado por alguma mão. Aliás, preciso do coração daquele que me segura para poder fazer o que é certo, dentro da racionalidade que busco. Mas se eu trocar as letras, escrever torto ou “disser” alguma mentira? Calma. Tem sempre uma borracha na outra ponta para desfazer tudo. E assim, vou deixando meu rastro.
E se eu cair no chão e perder a cabeça? Não vou ficar desapontado. Juro. Minha dona tem um apontador cego que me “acerta” pelo tato.
Por tudo, gosto do tato. Da delicadeza das mãos firmes. Só não suporto quando elas fazem contas erradas ou cartas de despedida. E, principalmente, quando elas me descartam, me substituindo por algum teclado de computador sem pé e nem cabeça.
Só espero que os legítimos registros, aqueles que trazem rastros de borracha, páginas amarelas e letras rasuradas, não se apaguem com o tempo.
Eu sou um lápis. Sou racional. Eu uso a cabeça e sei que ter um diário é bem mais significativo que ter um blog.”
(Viajei na nova campanha publicitária do Banco Itaú. Dela veio toda a inspiração para fazer este texto. Acho que gostei!)
De mim saem palavras, gritos e gestos engessados nas entrelinhas.
Eu falo tudo do meu jeito, até por meio das reticências que nada mais são que três pontos sem nenhum pingo de juízo... Soltos...
Meu corpo é esguio. Preciso ser sustentado por alguma mão. Aliás, preciso do coração daquele que me segura para poder fazer o que é certo, dentro da racionalidade que busco. Mas se eu trocar as letras, escrever torto ou “disser” alguma mentira? Calma. Tem sempre uma borracha na outra ponta para desfazer tudo. E assim, vou deixando meu rastro.
E se eu cair no chão e perder a cabeça? Não vou ficar desapontado. Juro. Minha dona tem um apontador cego que me “acerta” pelo tato.
Por tudo, gosto do tato. Da delicadeza das mãos firmes. Só não suporto quando elas fazem contas erradas ou cartas de despedida. E, principalmente, quando elas me descartam, me substituindo por algum teclado de computador sem pé e nem cabeça.
Só espero que os legítimos registros, aqueles que trazem rastros de borracha, páginas amarelas e letras rasuradas, não se apaguem com o tempo.
Eu sou um lápis. Sou racional. Eu uso a cabeça e sei que ter um diário é bem mais significativo que ter um blog.”
(Viajei na nova campanha publicitária do Banco Itaú. Dela veio toda a inspiração para fazer este texto. Acho que gostei!)
AH, A FOTO É DO JAYLSON! (Brigada pelo empréstimo!)
TEM MAIS NO: http://www.flickr.com/photos/jays-world-sight
3 comentários:
Muito show esse texto! poesia...
eu não abro mão do meu.
às vezes me surpreendo, achando que ele escreveu coisas que não foram guiadas pela minha mão direita tão tortinha!
enfim.
saudades, moça! (escrita à lápis)
♥
É retórica dizer que o texto está bonito. Mas, pra mim, foi o mais bonito até agora. ;) Bjos da Danuse
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