sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Como se fosse oração.

Como o feijão e o arroz.
Como o preto e o branco.
Como o batom vermelho e a boca carnuda.
Como o carro e a gasolina em promoção.
Como o céu e as estrelas.
Como a chuva e o edredom macio.
Como o amigo e a sinceridade.
Como a água e o gelo.
Como o vento e a pipa colorida.
Como a piada e a risada descontrolada.
Como o amor e o frio na barriga.
Como o vinho e a comemoração.
Como a balança e os dois quilinhos a menos.
Como o café fresquinho e o pão quentinho.
Como a pergunta e a resposta.
Como os sonhos e a esperança.
Como a vontade e a realização.
Como a oração e a fé...
Peço a Deus que minha vida vá sempre de encontro às coisas lindas, simples e verdadeiras desse mundo.
Vou repetir isso com os olhos fechados. Como se fosse oração. Amém!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Sem noção.

Tenho certeza que o minuto não tem mais 60 segundos, que o dia não tem 24 horas e que o ano agora é só uma amostra grátis. Esse tempo anda fazendo pegadinha com a gente. Isso significa que os momentos felizes vão ser cada vez mais passageiros e que os ruins, graças a Deus, também.

O tempo agora é sinal de desafio. A gente tem que acompanhá-lo. Fazer tudo a tempo. Encontrar tempo. E dá tempo? (Vou parar e “gastar” meu precioso tempo pra analisar).

Pra que encher a agenda com tantos compromissos? A gente também precisa aprender a “perder” tempo. Dormir até mais tarde, ficar de “papo” pro ar ou, simplesmente, VER O TEMPO PASSAR. Infelizmente, não ando tendo tempo pra isso. Ainda não me adaptei à velocidade enlouquecida dos ponteiros.

E já tem decoração de Natal para vender. (Acho até uma superexposição ao bom velhinho).
Ah, outro dia me perguntaram aonde eu vou passar o Réveillon. (Réveillon?)
Putz, e não é que o meu Enzo já vai fazer 3 aninhos?

Perdi a noção total. Preciso me situar. Agora, aqui na agência, andam pedindo trabalho pra ONTEM. Já pensou?

Por favor, quero ganhar do bom velhinho o túnel do tempo. Será que já é hora de escrever a cartinha?

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Notícia quente!

A sede do Aquecimento Global é no Piauí. Sério.
Aqui é meio ensaio, mas se a coisa esquentar mesmo, de verdade, a experiência vai ferver por aí a fora.

Já sentimos na pele que o aquecimento tá se vingando, ou melhor, tá vingando.

E tem gente pegando insolação até à noite. E na sombra! (hehe!)
Filtro solar agora vem com brinde: sombrinha. (Só pra garantir).
Nas rádios o hit do momento é Roberto Carlos: Pode vir quente que eu estou fervendo. (Som na caixa DJ).
Ah, e o Governo Federal vai criar o “Bolsa de Gelo”! O povo morre de fome, mas num morre de calor. É isso aí, Presidente! Boa! Vai ganhar de novo!

É, escrevo mesmo no calor da emoção! Vale lembrar que eu amo meu Piauí. Suo a camisa por essa terra maravilhosa. Amo esse lugar demais... Sabe o que é mais bacana aqui? O calor humano. Eita, povo caloroso!

Mas não aceito que falem mal do Piauí, viu? Agora, pode falar do calor. Esse tá se superando!
Vou ali beber uma água geladinha. Fui!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Por descanso ou por descaso?

Primeiro vem a repercussão do fato. Depois, a indignação seguida do esquecimento. Temos mesmo o conformismo correndo nas veias, e disso eu não me conformo. Será que ser brasileiro é ser tão “NEM AÍ”?

De nada valem as manifestações, as passeatas, vestir-se de branco ou de preto, acender uma vela. De nada. Tudo isso comove, mas é efêmero. No dia seguinte, a novela das oito esquenta. (Quem matou Taís, afinal?) Aí, a gente esquece tudo.

E tem outra coisa, mais “inesquecível” que uma tragédia, só outra tragédia. Nós não conseguimos guardar todas ao mesmo tempo. Nossa memória é a da TV. O que ela repercute vira prioridade na nossa restrita indignação. (E não é que o Senador foi para o paredão e voltou? Essa é a do momento.)

A indústria da impunidade existe e somos coniventes, por descanso ou por descaso. Gente pode matar, político pode roubar, desviar, mentir e repetir tudo de novo depois. Ah, e crianças podem até morrer de fome! É a vida!

O “Senhor Caos” instala-se facilmente em nosso Berço Esplêndido. Aliás, “Senhor Caos”, fique à vontade. Este é o Brasil.

Finalizo meu textinho, com jeito de desabafo, só com uma perguntinha básica: alguém aí lembra do JOÃO HÉLIO?

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A filha do Enzo

Não se espante. Ainda não sou avó. Se bem que tenho cabelos brancos suficientes pra isso. (Exageraaaaaaaaada!)

Mas acontece que descobri esses dias que sou filha do Enzo. É, passei a entender que ele me educa bem mais do que eu a ele.

Enzo me bota na linha. Nos eixos. Gosto disso e vou dar exemplos.

Tá certo que eu nunca andei falando palavrão, mas no trânsito... Aí tá lá Enzão na cadeirinha, no banco de trás do carro... Assim, pertinho de mim... Então vem um louco que me “corta” em plena avenida movimentada. Sabe o que eu faço? Buzino e só. Não sai nem um palavrão literalmente cabeludo.

De repente, me dá uma vontade louca de comer bobagem. Enzo tá por perto. Sabe o que eu faço? Abro a geladeira e divido um mamão com ele. (Brigada, Enzo!)

Outro dia caiu o melhor pedaço do meu “sanduba” no chão. (O chão tava até limpinho.) Se não fosse pelo Enzo eu teria pego. (Ah, não venha me repreender. Todo mundo faz isso!)

E nada de tirar meleca do nariz, nem arrotar, nem comer de boca cheia... Criança adora copiar o que não deve copiar. Essa é a regra.

Acho que ser mãe é bem isso... A gente se educa para educar. Aquela velha história de que junto com o filho nasce uma mãe é a mais pura verdade.

Sou bem melhor depois do Enzo. Junto com a cegonha veio um pouco de disciplina, organização e grande dose de bom senso. Depois do diabetes, então...

Amo meu filho e quero ser a melhor referência pra ele. Assim, sem forçar a barra, até porque sou imperfeitinha demais para o Enzo me ajeitar por completo. Obrigada, meu papaizinho lindo!


sexta-feira, 21 de setembro de 2007

São só bobagens...

Costumo levar todo tipo de bobagem a sério. Aliás, acho totalmente sem graça gente que não sabe sair da linha.

Pessoas que falam bobagens são bem mais legais. E elas nem precisam ser bobinhas. Só precisam ser levinhas.

Descobri com o tempo que há bobagens inteligentes, oportunas e enriquecedoras. Elas suavizam e amadurecem os relacionamentos. Isso porque, sempre depois delas, vem uma avalanche de risadas. Acho até que a quantidade de bobagem é bem proporcional ao grau de intimidade.

Busco cada vez mais valorizar isso. Sou uma adulta totalmente regredida. Tenho sede de “bobagem”. Lembro-me, agora, das conversas com minhas melhores amigas e amigos, com minha irmã...Tudo termina em gargalhada. Desenvolvemos a capacidade de rir até dos nossos problemas. Isso faz toda a diferença.

Opa! Escrevi bobagem demais por hoje...
Que bom! Excelente começo de dia.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

PEGUE O SEU!

Sempre curti pegar uns atalhos. Sou atraída por eles.

Diante de um caminho aparentemente bem planejado, mudo o roteiro tranquilamente. Isso acontece porque a vida é mesmo surpreendente.

A vida me levou a ser publicitária feliz, no entanto eu buscava, com convicção, ser uma grande jornalista. A vida me levou a ser professora realizada, no entanto eu só buscava, além de um ganho extra, valorizar meu currículo. Mesmo realizada como publicitária, a vida me levou a ter um programa de TV e a fazer alguns comerciais, no entanto eu me achava (e sou, acredite) um tanto tímida. A vida me levou a criar uma grife de bolsas, minha amada Sinhazinha, no entanto eu nem sonhava em ser designer de bolsas, sacoleira e tudo mais. Aliás, me achava até lugar-comum demais pra mexer com moda.

Enfim, pegando atalhos eu aprendi a dar aula, a despertar meu lado criativo, a perder alguns medinhos, inclusive dos próprios atalhos, a conhecer pessoas especiais, a mudar algumas vezes de emprego e a ter, inclusive, este BLOG (logo eu que achava isso meio perda de tempo).


O certo é que os atalhos gostam de nos provocar. Alguns aparecem com cara de oportunidade, outros com jeito de desafio. Mas acredite, dentro das suas imperfeições, são perfeitos.


Acredito que, em outras palavras, os atalhos representam bem uma frase linda e verdadeira: DEUS ESCREVE CERTO POR LINHAS TORTAS.
Hoje eu acho que quanto mais torta a linha, melhor o atalho. PEGUE O SEU!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Cada doido com sua mania.

  • Li em algum lugar que há pessoas com mania de fazer listas.
  • Fazem para tudo.
  • Para irem ao supermercado.
  • Para agendarem os afazeres do dia.
  • Fazem até a lista das listas que precisam elaborar.
  • Essas pessoas escrevem em tópicos e são “bitoladinhas”.
  • Ah, com o tempo, tadinhas, ficam esquecidíssimas.
  • O motivo é que elas perdem o poder de memorização.
  • Nossa, tenho pena dessa gente!
  • Aliás, o que eu tava “falando” mesmo?

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Não leia!

Começo esta terça-feira com uma confissão.

Não, não se trata de um pecado ou de um segredo. Só que tem uma coisinha que poucos sabem a meu respeito. Que fique claro que eu nunca omiti sobre o fato, nem neguei. Mas é algo que costuma surpreender por não ser tão declarado.

Você já deve tá meio ansioso, mesmo assim vou contar aos pouquinhos.

(Respiro fundo)

Bem, meu primeiro nome não é JEANE. Começa a bater um arrependimentozinho básico, mas vamos em frente... A revelação segue em forma de charada: o que é o que é que começa com F e é nome de santo famoso... Ou melhor: começa com FRAN e termina com CISCA (essa ficou horrível).

Pois bem, me chamo FRANCISCA JEANE. Combinação única, quase exclusiva. Digo quase, porque outro dia tive o grande prazer de ver em uma lista de freqüência na faculdade que trabalho, outra FRANCISCA JEANE. Que alívio!

Legal que meu pai, que é FRANCISCO, e minha mãezinha ZILDA são religiosos e devotos de São Francisco. Tudo bem que minha mãe teve rubéola logo no comecinho da gravidez e quis garantir a qualidade do produto final. Tu-do bem. Mas logo FRANCISCA JEANE? Nossa, é tipo “1,2,3 nada combina”.

Como puderam olhar para um bebezinho tão pequenininho, indefeso e ingênuo e colocar o nome de FRANCISCA JEANE? Ainda bem que eu amo muito os “culpados”... É, o que vale é a intenção.

Esqueça tudo o que você leu, viu?
Meu nome é JEANE MELO.

“A bença, São Francisco!”

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Do meu jeito

SOU INTENSA. Não gosto do mais ou menos. Do quase. Do talvez.
Na verdade, o que é morno não aquece meu coração.
Aliás, o morno tem o poder de me congelar.
Confesso: gosto do calor das emoções, dos sentimentos e das sensações.
Amo o calor da intensidade.
Valorizo o prazer de um abraço que faz a gente sentir o coração do outro, do aperto de mão que não deixa escapar nem um fiozinho de ar, da oração feita de olhos fechados. Isso é ser intenso.
Amo sentir o gosto do sal, a textura do lençol, o ardor da pimenta, o cheiro do café fresquinho. Valorizo as coisas simples do dia-a-dia. Aquilo que parece ser banal, mas que faz a vida ficar melhor.
Acredito que vale ligar o botão da intensidade todos os dias. Até para tirar proveito de momentos ruins. Senão, não faz sentido vivê-los.
Hoje, em especial, tento aproveitar com intensidade meus momentos com meu pai. Sei que ele sente esse carinho que já beira saudade, até quando fico caladinha perto dele. Assim, me conforto e o conforto. Assim a gente vive esses momentos únicos.
O futuro? Só Deus sabe. O “agora”? Também.
Entrego meus dias a Ele e sigo do meu jeito. SEMPRE INTENSAMENTE.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Balzaquianazinha

Tenho 33 anos. E digo assim, na lata. Sem rodeios. Sinceramente, adoro quando comentam: “nem parece!”. Tá bom, vou acreditar! Mesmo com minhas ruguinhas, celulitizinhas (tenho um catálogo delas), cabelinhos brancos... Assim, tudo no diminutivo. Com o tempo a gente cria uma relação amigável com esse “plus” que a idade trás.
Agora, vou contar O SEGREDO. (Ih, não tem nada a ver com a tal Lei da Atração). A mudança maior acontece dentro da gente. Assim, na cabeça, no coração. Tá meio clichê, né? Vou mudar o texto. Assim, rola uma coisa de segurança e maturidade muito bacana. Em outras palavras, a gente passa a se conhecer, se respeitar e se aceitar bem mais. Vou te dizer uma coisa: adoro ser eu. A-DO-RO. Descobri isso há pouquíssimo tempo.
Amo reconhecer o que realmente me satisfaz. Fazer o que gosto. Saber o que não gosto. Discordar sem ferir e concordar sem querer só agradar. Acho que assim a gente corre sérios riscos de ser mais feliz.
Vou explicar algumas pequenas coisas que acontecem na prática:
deixei de usar salto alto porque sempre viro o pé, só vou a lugares que tenham pessoas realmente legais, não forço a natureza pra agradar ou ser simpática, me visto do jeito que combina comigo, e, segredinho básico, só curto calcinhas de algodão (e das grandes). Enfim, não vivo nenhum personagem. Sou eu e pronto. Com todas as minhas imperfeições, complicações e manias de uma balzaquianazinha que só quer ser feliz.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Relação embaraçada

O caso é bem sério.
Uma especialista me falou da gravidade.
Ele já acorda irritado. De mal-humor.
Juro, já fiz de tudo. Não sei como agir.
Em alguns momentos penso em soltar, largar de vez. Em outros, sinto necessidade de prender.
Conversar não adianta mais. Essa é a verdade.
Passo a mão de vez enquando pra amenizar a situação.
Talvez o melhor seja cortar o mal pela raiz. O pior é que não tenho coragem.
É triste. Isso não sai da minha cabeça. Estou por um fio.
O texto de hoje vai pra você, meu cabelo.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Vai pro pâncreas que pariu!

Pâncreas é uma palavrinha pouco sonora. Não é um órgão afamado.
A gente ouve falar em coração, fígado, rins, pulmão... Mas pâncreas? Onde fica? O que faz da vida?
Não me preparei para ser “apresentada” ao dito cujo. Nem deu tempo de passar um batonzinho e colocar uma roupinha melhor. O grande encontro aconteceu no dia 06 de novembro de 2005, por intermédio do meu filho Enzo (na época com 9 meses de vida). A médica disse assim: “Seu filho tem diabetes... O pâncreas dele não funciona direito... Vai ter que usar insulina todo dia... Ah, mas antes preciso tirá-lo dessa crise de cetoacidose”... (Ham? Diabetes? Pâncreas? Insulina? Cetoacidose? Como assim?) Ah, entendi... Esse pâncreas produz a tal da insulina. É um órgão quietinho, que não curte mídia, mas é importante demais. Aprendi a dar valor ao Pâncreas (passei até a escrevê-lo em caixa alta).
Já me sentia até um tanto íntima, quando ele veio na maior falsidade me dar outro golpe. Foi no dia 12 de julho de 2007. Sem mais nem menos. Pela segunda vez. Sim, ele é muito falso, age silenciosamente. Não é à toa que estamos em crise declarada. Agora, o tal de pâncreas (em caixa baixa mesmo, porque ele caiu em meu conceito) ressurge em forma de CA (CA é um nome mais leve pra Câncer). E no meu pai. Logo no meu paizinho? Tão do bem! Tão cheio de planos! Achei isso indelicado demais.
É inevitável pensar que você, pâncreas, cismou comigo. Só te peço pra recuar um pouco! Dá um tempo!

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Sobre tudo. Tudo mesmo.

Deu vontade de escrever e eu não vou sentar e esperar as idéias fugirem. Vou algemá-las agora. Nenhuma sai do meu pensamento até eu terminar.
Pra falar a verdade, eu adoro escrever e amo divagar sobre tudo. Tudo mesmo. Em frente ao PC, principalmente. Mas também, tomando banho, dirigindo, fazendo supermercado e até enquanto a cabeleireira puxa o meu juízo e esquenta minhas orelhinhas de abano.
De vez enquando, saco uma de minhas cadernetas e escrevo alguma coisa. Assim, do nada. Adoro fazer isso. Tudo bem que nem sempre sai algo realmente legal. Mas escrever é, acima de tudo, um grande exercício. Aliás, eu estou fazendo a lição do dia neste exato momento. (Se o texto não agradar, por favor, não desista do blog. Uma hora eu acerto).
Seja como e sobre o que for, legal é “falar” com leveza. Escrever sem pretensão alguma. (Opa! Gosto disso). Aliás, espero que a tal da “profundidade” vá me procurar lá na esquina.
Gosto mesmo é da simplicidade. Do básico. Não abro mão. Frases simples, gente simples, roupa simples, comida simples. Tudo isso é muito sofisticado. Deixe pra lá as palavras cansadas e as afirmações que não te convencem.
O lance é: letra maiúscula no começo da frase e muita, muita sensibilidade. Vou confessar uma coisa: acabei de colocar meu coração nestas poucas linhas.